Uma competidora australiana de breaking nos Jogos Olímpicos de Paris, cujo estilo foi motivo de piadas nas redes sociais, se defendeu dos ataques reivindicando sua "criatividade" e liberdade.
Rachel 'Raygun' Gunn, de 36 anos, não conseguiu nenhum ponto nas três batalhas que participou na competição em Paris, onde o breaking, arte da dança procedente da cultura hip-hop, estreou como modalidade olímpica.
Mas a "batalha" desta professora da Universidade de Sydney não foi só no palco da Praça da Concórdia. Foi também nas redes sociais.
Seus movimentos geraram uma onda de comentários, a maioria hostis, com internautas que a comparavam com um canguru saltando e com o personagem de desenho animado Homer Simpson dando voltas no chão.
A decisão de 'Raygun' de competir com o uniforme oficial dos atletas olímpicos australianos, ao invés da roupa urbana como os outros competidores, também foi muito comentada.
Em uma mensagem no Instagram, Rachel Gunn disse que está "ansiosa para ver o mesmo nível de exigência de vestimenta se aplica aos garotos" em sua competição neste sábado (10).
"Fiz o que faço de melhor, mostrei minha criatividade, meu estilo, um pouco da personalidade australiana, para tentar conquistar um lugar no cenário mundial", disse a B-girl à emissora de TV Nine Network.
Sobre o uniforme australiano, ela afirmou que era unicamente "uma questão de orgulho" em relação a seu país.
"Não tenha medo de ser diferente, vá lá e se represente, você nunca sabe onde isso vai te levar", concluiu 'Raygun' no Instagram.
Depois de seis horas de batalhas entre 16 B-girls, a japonesa Ami, bicampeã mundial (2019 e 2022), se tornou na sexta-feira a primeira campeã olímpica da modalidade.
djw/dh/dar/dr/gfe/cb