O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, manifestou neste sábado (10) sua confiança no governador de Sinaloa (noroeste) depois que o traficante de drogas Ismael "El Mayo" Zambada, capturado nos Estados Unidos, afirmou que tinha uma reunião marcada com ele.

A presidente eleita, Claudia Sheinbaum, também manifestou apoio ao governador Rubén Rocha Moya em um ato público em que ambos participaram junto com o chefe de Estado de esquerda em Culiacán, a capital de Sinaloa.

"Temos [...] total confiança no governador Rubén Rocha de Sinaloa. O parabenizo porque mostra a cara, não deixou passar nem um dia", disse López Obrador.

Em seu discurso, o governador estadual rejeitou os apontamentos feitos por Zambada em uma declaração divulgada horas antes por seus advogados nos Estados Unidos.

"Ninguém do crime organizado tem que me convocar para reunião [...] não temos cumplicidade com ninguém", afirmou Rocha Moya, militante do Morena, o mesmo partido do presidente.

Zambada, um dos chefões do narcotráfico mexicano, alega que, no dia de sua captura surpresa, em 25 de julho, aceitou viajar em um avião com o filho de Joaquín "El Chapo" Guzmán com o argumento de que se reuniria com Rocha Moya para resolver "diferenças entre líderes políticos".

Mas o narcotraficante afirma que foi vítima de um "sequestro" e foi colocado "à força" no avião que aterrissou em um aeroporto de El Paso, Texas, onde foi detido por agentes federais dos Estados Unidos.

O filho de El Chapo já havia acordado sua entrega voluntária, segundo os Estados Unidos, mas chegou com Zambada sem aviso prévio.

Rocha Moya explicou que estava em Los Angeles, Califórnia, no dia dos fatos. Isso tem como objetivo "manchar minha reputação e, por tabela, a do presidente", acrescentou.

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