O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump apresentou uma ação judicial contra o Departamento de Justiça, exigindo US$ 100 milhões (R$ 549 milhões), alegando que foi alvo de uma "perseguição política" quando o FBI invadiu sua residência na Flórida em 2022 em busca de documentos secretos que ele havia levado ao deixar a Casa Branca.
Na ação, apresentada na semana passada, mas que se tornou pública nesta segunda-feira (12), Trump acusa o procurador-geral Merrick Garland e o diretor do FBI, Christopher Wray, de tentar "difamá-lo".
"Garland e Wray nunca deveriam ter autorizado a invasão e a subsequente acusação contra o presidente Trump, pois o protocolo estabelecido é não usar meios coercitivos contra ex-presidentes para obter documentos dos Estados Unidos", continua.
Trump foi acusado de 31 crimes por "retenção intencional de informações de defesa nacional" ao se recusar a devolver documentos secretos que havia levado da Casa Branca ao final de seu mandato.
Um juiz federal anulou o caso em julho, considerando que a nomeação do procurador especial Jack Smith como chefe da investigação foi ilegal.
Em 8 de agosto de 2022, agentes do FBI invadiram a residência de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida, para recuperar documentos classificados. Entre esses documentos, havia arquivos do Pentágono e da agência de inteligência, a CIA, que, segundo a investigação, estavam sendo armazenados em condições inseguras.
"Garland e Wray decidiram desrespeitar o protocolo estabelecido para prejudicar o presidente Trump", afirma a ação, segundo a qual houve "uma clara intenção de empreender uma perseguição política".
Trump, que busca voltar à Casa Branca nas eleições de 5 de novembro, solicita na ação uma indenização de US$ 100 milhões por danos e US$ 15 milhões (R$ 82,3 milhões) por despesas legais.
cl/aha/val/dga/am/mvv