O ministro israelense da Segurança Nacional, o ultradireitista Itamar Ben Gvir, liderou uma oração nesta terça-feira (13) na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, que contou com a presença de várias centenas de israelenses por ocasião de um feriado judaico, segundo as autoridades. 

Localizada no setor da Cidade Santa ocupada e anexada por Israel, a Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar mais sagrado do islã, foi construída sobre as ruínas do segundo templo judaico, destruído no ano 70 d.C. pelos romanos. Para os judeus, é o Monte do Templo, o local mais sagrado do judaísmo. 

Ben Gvir foi filmado no local por ocasião do Ticha Beav, feriado judaico que marca a destruição dos dois templos, e pediu em particular a "derrota" do Hamas em vez de negociações com o movimento islamista palestino. 

"Cerca de 2.250 judeus rezaram, dançaram e hastearam a bandeira israelense" na esplanada, disse à AFP um funcionário do Waqf, a administração jordaniana de propriedades religiosas muçulmanas em Jerusalém, sob condição de anonimato.

Segundo um status quo decretado após a conquista de Jerusalém Oriental por Israel em 1967, os não muçulmanos estão autorizados a visitar a Esplanada das Mesquitas, que abriga a Cúpula da Rocha e a mesquita de Al Aqsa, em horários específicos e sem rezar, uma regra cada vez menos seguida por alguns judeus nacionalistas. 

O local é administrado pela Jordânia, mas o acesso é controlado pelas forças de segurança israelenses. 

O Ministério das Relações Exteriores palestino denunciou uma "escalada" e "provocações", referindo-se a "incursões ilegais (…) em preparação para a imposição do controle total israelense e a judaização" do local "em violação do direito internacional".

Durante a sua visita, Ben Gvir referiu-se à guerra que Israel e o Hamas travam na Faixa de Gaza há mais de dez meses e afirmou que é necessário "ganhá-la".

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