A dirigente esquerdista Claudia Sheinbaum recebeu, nesta quinta-feira (15), o certificado de presidente eleita do México, um fato que qualificou como "histórico".

"É a primeira vez em 200 anos da República [mexicana] que uma mulher recebe o reconhecimento de presidente eleita", disse a ex-prefeita da Cidade do México, após receber o documento das mãos da titular do Tribunal Eleitoral, Mónica Soto.

Na véspera, a entidade validou os resultados das eleições de 2 de julho passado, nas quais Sheinbaum obteve 59,7% dos votos, 32 pontos percentuais acima da senadora Xóchitl Gálvez, sua adversária de centro direita.

"Estou muito emocionada, é um dia histórico", disse a presidente eleita aos jornalistas. Ela será empossada em 1º de outubro, sucedendo Andrés Manuel López Obrador, que em 2018 se tornou o primeiro presidente de esquerda do México.

Sheinbaum, física e engenheira ambiental de 62 anos, governará até 2030 este país de 127,5 milhões de habitantes, e a segunda economia da América Latina, depois do Brasil. 

A dirigente prometeu em várias ocasiões dar continuidade aos programas sociais em que López Obrador baseia sua popularidade, de mais de 60%, segundo várias pesquisas.

Também se comprometeu a levar adiante uma polêmica reforma do Judiciário, que prevê a eleição popular de ministros e juízes, o que, segundo a oposição, ameaça a independência deste poder do Estado e a distribuição de justiça.

"Como titular do Executivo federal, como primeira mulher presidente do México, saibam que agirei com honestidade, responsabilidade, respeitando a independência dos poderes", afirmou Sheinbaum no ato protocolar.

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