A bolsa de Nova York fechou em forte alta nesta quinta-feira (15), graças a dados positivos do consumo nos Estados Unidos, que afastam os temores de recessão.

O índice Dow Jones registrou alta de 1,39% a 40.563,06 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq subiu 2,34% a 17.594,50 unidades, e o S&P 500 avançou 1,61%, a 5.543,22.

O consumo das famílias americanas aumentou fortemente em julho com relação a junho, graças a uma moderação da inflação e a taxas de juros que começam a se distender diante da perspectiva de um corte dos juros por parte do Federal Reserve, banco central americano.

As despesas das famílias alcançaram 709,7 bilhões de dólares (cerca de R$ 3,9 trilhões na cotação atual) em junho, um aumento equivalente a 1% sobre o total de junho, anunciou o Departamento de Comércio nesta quinta.

Os analistas aguardavam uma reativação mais modesta do consumo, da ordem 0,3% em um mês, segundo o consenso publicado pelo briefing.com.

Na comparação ano a ano, o aumento foi substancial, de 2,6%.

"Os números das vendas varejistas dissiparam os temores de uma recessão", resumiu à AFP Peter Cardillo, da Spartan Capital. 

"É uma boa notícia para as ações. Demonstra que o consumidor não dorme", acrescentou, referindo-se à principal engrenagem da economia americana.

A estas boas novas, somam-se os dados de pedidos semanais de seguro-desemprego, que caíram para 227.000, enquanto o mercado apostava em uma estabilidade em relação à semana anterior.

Entre os valores do dia, o Walmart, um peso-pesado do Dow Jones, impulsionou o setor de supermercados e vendas varejistas, após anunciar um melhor resultado trimestral melhor que o esperado e melhores perspectivas para o ano.

A ação do maior empregador dos Estados Unidos alcançou um recorde, a 73,18 dólares, com um salto de 6,58%.

No trimestre móvel de maio a julho, a gigante das vendas varejistas faturou 169,3 bilhões de dólares (aproximadamente R$ 957 bilhões), um aumento de 8% em relação ao mesmo período do ano passado, e obteve um lucro líquido por ação de 67 centavos frente aos 65 centavos esperados pelo mercado.

"Cada setor da nossa atividade progride", resumiu Doug McMillon, presidente da empresa, em um comunicado.

Outros garantes do setor se beneficiaram destes dados, como Target (+4,41%), Costco (+1,70%) e Dollar Tree (+5,22%).

O anúncio do governo de uma negociação de redução dos preços de uma dezena de medicamentos para idosos para o sistema federal de seguro médico teve um efeito díspar nos grandes laboratórios que fabricam estes medicamentos.

A Pfizer registrou queda de 0,66% e a Merck recuou 0,24%, mas a Bristol-Myers Squibb fechou em alta de 1,45%.

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