O furacão Ernesto atingiu as Bermudas, onde tocou o solo às 8h30 GMT (5h30 em Brasília) deste sábado (17), acompanhado de fortes chuvas e ventos sustentados de até 137 quilômetros por hora, segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês).

Cerca de 26.000 casas estão sem eletricidade, mais de 70% das residências neste território de 64.000 habitantes, anunciou a Belco, a empresa de energia elétrica do arquipélago britânico localizado ao longo da costa leste dos Estados Unidos.

O fenômeno "deverá provocar inundações costeiras significativas em Bermudas nas áreas onde há brisa terrestre. Perto da costa, a maré de tempestade será acompanhada por ondas significativas e destrutivas", alertou o NHC. 

As marés de tempestade ocorrem quando o vento e a pressão atmosférica empurram a água em direção às costas, causando ondas muito altas e aumento do nível dos oceanos.

Classificado na categoria 2 da escala Saffir-Simpson, que vai até 5, o furacão pode provocar até 225 mm de chuvas em algumas áreas do arquipélago localizado a mais de 1.000 km da costa leste americana. 

"Estas precipitações poderão provocar inundações repentinas (dos cursos d'água) colocando em risco a vida dos habitantes, sobretudo nas zonas de baixa altitude da ilha", declarou o NHC. 

Como medida preventiva, os moradores fecharam suas casas com tábuas e fizeram reservas de alimentos.

Na sexta-feira, autoridades fecharam estradas e suspenderam os serviços de ônibus e balsas. O aeroporto internacional L.F. Wade informou que permanecerá fechado até domingo.

"Não é uma tempestade que deve ser encarada levianamente", alertou o ministro da Segurança Nacional, Michael Weeks, após uma reunião de autoridades responsáveis por situações de emergência na sexta-feira, segundo o jornal The Royal Gazette. 

"Tomem todas as precauções necessárias para proteger sua vida e propriedade. Fiquem seguros" em suas casas, acrescentou. 

No início da semana, o furacão passou por Porto Rico, onde deixou 600.000 pessoas sem eletricidade.

Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), a temporada de furacões deste ano no Atlântico — que vai de junho a novembro — é agitada, visto que as altas temperaturas dos oceanos aumentam a intensidade destes fenômenos.

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