Os congressistas republicanos apresentaram, nesta segunda-feira (19), um processo formal para a destituição do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, coincidindo com a abertura da convenção democrata, apesar de este praticamente não ter chances de sucesso.
Três comitês da Câmara de Representantes, onde os republicanos têm maioria, acusam Biden de corrupção nos negócios de seu filho Hunter no exterior.
Jim Jordan, chefe do comitê judiciário, afirma que a investigação provará "conclusivamente" que Biden "abusou do seu cargo público para o benefício financeiro da família Biden e dos seus associados".
"O legado do presidente Biden é marcado por abuso de cargo público, corrupção e obstrução. As evidências fornecidas por nossa investigação sobre a destituição são o caso mais forte de impeachment de um presidente em exercício que a Câmara de Representantes já investigou", disse James Comer, chefe do comitê de supervisão da câmara baixa do Congresso.
Mas o relatório baseia-se em insinuações e não fornece provas de que Biden tenha usado o seu cargo para beneficiar o seu filho ou participado nos negócios de Hunter.
Biden deve fazer um discurso nesta segunda-feira na convenção democrata para passar o bastão à sua vice-presidente Kamala Harris, candidata às eleições de novembro. Até agora, o presidente sempre negou ter participado dos negócios do filho na Ucrânia ou na China.
Os republicanos usam há anos os negócios de Hunter Biden no exterior e sua dependência em drogas e álcool para tentar deixar o presidente democrata em apuros. Até agora nunca conseguiram avançar o suficiente no processo de impeachment contra ele para ter chance de ser votado na Câmara de Representantes.
Estas tentativas são consideradas uma "vingança" pelos dois impeachments a que foi submetido o republicano Donald Trump quando era presidente.
Os republicanos têm apenas uma maioria muito pequena na Câmara de Representantes e é improvável que encontrem unanimidade para destituir Biden do cargo.
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