A maioria dos dirigentes do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed) considerou, em sua última reunião no final de julho, que seria "apropriado" reduzir as taxas de juros em setembro, informou, nesta quarta-feira (21), o banco central americano.

"A ampla maioria observou que, se os dados continuarem na trajetória esperada, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política (monetária) durante a próxima reunião", anunciou o Fed nas minutas daquela reunião.

As minutas, publicadas nesta quarta-feira, provavelmente vão alimentar expectativas de que o Fed irá implementar seu primeiro corte neste ciclo em sua próxima reunião, em setembro.

Os investidores aguardam com grande expectativa as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell no final desta semana, à espera de pistas sobre os passos futuros - e o escopo - dos cortes dos juros.

Na última reunião do Fed, nos dias 30 e 31 de julho, "vários membros (do Comitê de Política Monetária) destacaram que os progressos recentes na luta contra a inflação e a alta do desemprego dão plausibilidade para um corte de 25 pontos básicos" nos juros de referência em setembro, segundo trechos das atas daquele encontro.

As "minutas" apontam, ainda, para a "confiança" dos membros do FOMC diante de dados que mostram que "a inflação se dirige para a meta" do Fed, de 2% ao ano.

Os mercados têm se mostrado nervosos nas últimas semanas, inclusive temendo uma recessão nos Estados Unidos em um contexto de juros altos para conter a inflação.

Juros altos encarecem o crédito e desestimulam o consumo e os investimentos, moderando, assim, as pressões sobre os preços.

O presidente do Fed, Jerome Powell, discursará na sexta-feira na reunião anual mundial de diretores de bancos centrais em Jackson Hole (Wyoming).

A maioria dos analistas espera uma redução dos juros de 0,25 ponto percentual em setembro, segundo o sistema de acompanhamento FedWatch, do grupo CME.

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