A menos de uma semana para o início dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, a chama da competição será acesa no sábado (24), na Inglaterra, antes de se dividir entre diferentes destinos e fazer uma rápida viagem por cerca de 50 cidades francesas.
Ao todo, serão 12 chamas, uma delas considerada a principal e cada uma representando um dia de evento mais o dia da cerimônia de abertura, e iluminarão diferentes pontos da França durante quatro dias, de 25 a 28 de agosto, até chegarem a Paris e à pira no Jardim das Tulherias.
O balão de ar quente que se tornou icônico durante os Jogos Olímpicos será mais uma vez o protagonista e subirá aos céus todas as noites.
Durante o evento olímpico, se tornou um ponto de encontro de parisienses e visitantes, que poderão reviver a experiência a partir do dia 29 de agosto, um dia após a cerimônia de abertura das Paralimpíadas, que acontecerá na Place de la Concorde e na Champs-Élysées.
A primeira edição do evento esportivo realizada na França ocorrerá até 8 de setembro.
A origem dos Jogos Paralímpicos remonta a 1948, quando o neurologista alemão Ludwig Guttmann decidiu organizar eventos esportivos para veteranos da Segunda Guerra Mundial que ficaram paraplégicos e em cadeiras de rodas no hospital Stoke Mandeville (norte de Londres).
Lá, a chama será acesa em uma cerimônia no sábado (24), na presença de Tony Estanguet (presidente do Comitê Organizador) e Andrew Parsons (presidente do Comitê Paralímpico Internacional).
No domingo, passará do Reino Unido à França, entrando em Calais pelo túnel que passa sob o Canal da Mancha.
"Sabemos por experiência que o esporte paralímpico mobiliza menos, mas penso que vamos conseguir aproveitar o entusiasmo olímpico (...) Os Jogos Olímpicos tiveram um enorme sucesso e as pessoas ficaram um pouco decepcionadas quando acabaram, talvez seja hora de recuperar essa atmosfera especial", disse Pascal Pestre, primeiro adjunto da Prefeitura de Calais, cidade que já recebeu a passagem da chama olímpica em julho.
O acendimento das diferentes tochas ocorrerá simultaneamente, antes que o fogo se desloque para locais como Estrasburgo, Montpellier, Lorient, Lyon ou Lourdes. Todos convergirão para Paris, onde acontecerá a cerimônia de abertura e o acendimento da pira em 28 de agosto.
"A cidade tem uma política de promoção e desenvolvimento do esporte paralímpico e de lhe dar visibilidade. É uma ocasião favorável para isso", disse a Prefeitura de Paris à AFP.
Ao todo, o revezamento da tocha paralímpica passará por cerca de 50 cidades, sendo mais de 1.000 a quantidade de pessoas para revezar e seis revezamentos coletivos, nos quais serão homenageados pessoas que atuam no esporte paralímpico, auxiliares de pessoas com deficiência e voluntários.
Uma 13ª chama será acesa no domingo, para comemorar os 80 anos da libertação de Paris e será depois apresentada no palco do festival 'Rock en Seine', nos arredores da capital.
Foram colocados à venda 2,5 milhões de ingressos para o evento e 1,75 milhão já haviam sido vendidos até a quarta-feira (21), segundo os organizadores.
bur-lve/ll/dr/iga/yr/fp