O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, afirmou nesta quinta-feira (22) que o governo de Nicolás Maduro "não é democrático" e, portanto, não reconhece sua reeleição validada pela Suprema Corte da Venezuela.

"A crise na Venezuela é inegável, e desde a Guatemala já dissemos que suas recentes eleições são apenas uma demonstração disso: o regime de Maduro não é democrático e não reconhecemos sua fraude", disse o presidente social-democrata na rede social X, referindo-se aos resultados das eleições.

Arévalo acrescentou que "os povos de todo o nosso continente" devem "exigir uma saída pacífica" para a crise, "que garanta a vontade do povo e recupere o país para todos os venezuelanos".

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) validou o resultado das eleições de 28 de julho, nas quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro vencedor com 52% dos votos. Não cabe recurso.

A oposição, que classificou a decisão como "nula", afirma ter vencido as eleições e acusa tanto o TSJ quanto o CNE de servir ao chavismo.

A Guatemala é um dos países que questionaram a transparência das eleições na Venezuela, mas não reconheceu o opositor Edmundo González Urrutia como vencedor, ao contrário de outros países da região, como Argentina, Equador, Peru, Uruguai, Costa Rica e Panamá.

"Nossa solidariedade com o povo irmão da Venezuela, que luta por sua liberdade e democracia", acrescentou Arévalo.

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