O Conselho de Segurança das Nações Unidas prorrogou por um ano o mandato de sua força de manutenção da paz no Líbano, ao mesmo tempo que apelou a uma "desescalada" da violência entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah.
Em uma resolução aprovada por unanimidade nesta quarta-feira (28), o Conselho decidiu prorrogar o atual mandato da FPNUL (Força Provisória das Nações Unidas no Líbano) até 31 de agosto de 2025.
Afirma-se que a organização "insta fortemente que todos os atores relevantes implementem medidas imediatas para a desescalada, inclusive com vistas a restaurar a calma, a moderação e a estabilidade ao longo da Linha Azul", em referência à demarcação existente entre Israel e o Líbano.
Com mais de 10.000 soldados, esta força de manutenção da paz está presente no Líbano desde 1978 e o seu papel foi reforçado após um conflito de 33 dias entre o Hezbollah e Israel em 2006.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, em uma carta ao Conselho no final de julho, apoiou o pedido libanês para prorrogar o mandato da FPNUL sem alterações.
As tensões aumentaram novamente desde o início de outubro com a guerra de Israel em Gaza, na qual o Hezbollah apoia o grupo armado palestino Hamas com operações no sul do Líbano, incluindo trocas diárias de tiros com tropas israelenses.
No domingo, o Hezbollah realizou um grande ataque com drones e foguetes contra Israel, em retaliação pela morte de um dos seus líderes militares, Fuad Shukr, morto em um ataque israelense perto de Beirute, em 30 de julho.
Em resposta, Israel lançou ataques aéreos contra o Líbano no domingo, dizendo que destruiu "milhares" de lançadores de foguetes do Hezbollah e que frustrou um grande ataque contra o país.
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