O conglomerado Berkshire Hathaway, do investidor bilionário Warren Buffett, superou, nesta quarta-feira (28), a marca de um trilhão de dólares (5,55 trilhões de reais) em valor de mercado na bolsa de Nova York.
O grupo se tornou o oitavo membro de um seleto clube de empresas que ultrapassaram esse nível simbólico de capitalização, ao lado de seis companhias de tecnologia e da petroleira Saudi Aramco.
O impulso para superar essa marca veio do anúncio da cessão de cerca de um bilhão de dólares (R$ 5,55 bilhões) em ações do Bank of America. Por volta das 16h05 GMT (13h05 de Brasília), as ações da Berkshire subiam 0,84% e a empresa valia 1,001 trilhão de dólares na bolsa.
É mais um marco na ascensão imparável desta corporação, que se originou em uma pequena empresa têxtil da qual Buffett assumiu o controle em 1965, quando o setor estava sendo afetado pela terceirização.
Ao longo dos anos, Buffett construiu um gigante através da aquisição de outras empresas. Hoje, é proprietário da seguradora Geico, da companhia ferroviária Burlington Northern Santa Fe (BNSF), da marca de roupas Fruit of the Loom e das baterias Duracell.
Também é um grande investidor, com 21% do capital da American Express, 13% do Bank of America (até o final de junho) e 9% da Coca-Cola.
Inspirado por seu parceiro Charlie Munger, outro mito de Wall Street, Buffett adotou uma abordagem racional e desapegada, frequentemente sustentada por uma estratégia de longo prazo, na contramão de muitos investidores.
A filosofia de investimento desses dois veteranos se tornou uma referência, a ponto de Buffett ser considerado um dos gurus do capitalismo moderno.
Entre 1965 e 2023, a ação da Berkshire Hathaway valorizou-se em média 19,8% ao ano e acumulou quase 4.400% ao longo do período.
Nesta sexta-feira, Buffett celebrará seus 94 anos. Ele continua sendo o diretor-geral da empresa, mas em 2021 nomeou um sucessor, Greg Abel, de 62 anos, atual vice-presidente do grupo.
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