Os preços do petróleo caíram novamente nesta quarta-feira (28), em um mercado preocupado com a falta de dinamismo na demanda e sem dar muita atenção às tensões no Oriente Médio.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em outubro caiu 1,13%, sendo negociado a 78,65 dólares.

Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para a mesma data perdeu 1,33%, a 74,52 dólares.

Segundo vários meios de comunicação, a extração de petróleo foi parcial ou totalmente interrompida em vários locais de produção na Líbia devido a tensões internas no país.

No Oriente Médio, o Exército israelense lançou nesta quarta-feira uma operação de grande escala no norte da Cisjordânia, território ocupado desde 1967.

As forças israelenses afirmaram que "eliminaram nove terroristas", enquanto o Crescente Vermelho palestino também contabilizou nove palestinos mortos e relatou 15 feridos.

"A possibilidade de o Irã entrar no conflito representa 3 milhões de barris em jogo", afirmou Stewart Glickman, da CFRA. "E a Líbia é mais um milhão. E, apesar disso, o WTI não ultrapassa os 80 dólares, o que, para mim, é uma surpresa", acrescentou.

A tensão na Líbia entre facções políticas rivais deve ser de curta duração, "e as preocupações sobre perturbações no fornecimento diminuíram um pouco", explicou Susannah Streeter, da Hargreaves Lansdown, em uma nota.

"Isso nos mostra que há preocupações com a demanda" por petróleo, concluiu a analista.

O relatório de reservas comerciais de petróleo da Agência de Informação sobre Energia dos Estados Unidos (EIA) também não ajudou a sustentar os preços.

As reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos caíram na semana passada, mas menos do que o esperado pelo mercado.

Na semana encerrada em 23 de agosto, as reservas caíram 800 mil barris, muito menos do que os 2,8 milhões esperados pelos analistas, segundo o consenso reunido pela agência Bloomberg.

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