Os preços do petróleo subiram nesta quinta-feira (29), impulsionados por uma queda na produção na Líbia para menos da metade do volume normal em meio a uma crise política no país.

Boas notícias sobre o crescimento nos Estados Unidos também impulsionaram os preços para cima.

A economia dos EUA se expandiu mais do que o previsto inicialmente no segundo trimestre deste ano, devido a gastos de consumo mais elevados do que o estimado, informou o Departamento de Comércio dos EUA nesta quinta-feira.

A maior economia do mundo cresceu a uma taxa anual de 3,0% entre abril e junho, em comparação com os 2,8% da estimativa anterior.

Para Phil Flynn, do Price Futures Group, "o mercado estava preocupado com a economia dos EUA, (...) mas o número de hoje é muito positivo". "Isso mostra que estamos longe de uma recessão", acrescentou.

A situação na Líbia e o PIB dos Estados Unidos levaram o barril de Brent do mar do Norte para entrega em outubro a uma alta de 1,64%, atingindo 79,94 dólares.

Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para a mesma data ganhou 1,86%, chegando a 75,91 dólares.

"O otimismo do mercado quanto a uma solução rápida para a situação na Líbia evaporou, pois a produção está, de fato, caindo", explicou Flynn.

Nesta quinta-feira, a National Oil Corporation (NOC) indicou que os volumes diários de produção passaram de 1,28 milhões de barris (mb) em 20 de julho para 591 mil na quarta, uma queda de 54%.

Em três dias, desde o anúncio do fechamento dos campos de petróleo e terminais controlados pelo governo de Benghazi (leste), não reconhecido pela comunidade internacional, a queda no volume de petróleo disponível na Líbia foi de 1,5 mb diários, segundo a NOC.

Desde a queda e morte do ditador Muammar Gaddafi em 2011, a Líbia, que possui as maiores reservas de petróleo da África, luta para sair de mais de uma década de caos e divisões, com dois governos rivais competindo pelo poder.

Além disso, no Iraque, as autoridades adotaram medidas para reduzir a produção aos níveis acordados com a Opep, após meses de superprodução, de acordo com a consultoria Platts.

As autoridades irão reduzir as exportações, a atividade das refinarias e o uso de petróleo no setor energético.

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