A China acusou, neste sábado (31), um navio filipino de causar uma "colisão deliberada" com um navio da Guarda Costeira perto de um recife disputado no Mar do Sul da China, o mais recente de uma série de incidentes naquela zona. 

A China reivindica, por razões históricas, praticamente todas as ilhotas do Mar da China Meridional, ante a outros países vizinhos, como Filipinas, Vietnã, Brunei e Malásia. 

Desde que o presidente Ferdinand Marcos assumiu o poder em 2022, as Filipinas têm afirmado com mais firmeza as suas reivindicações de soberania em alguns recifes disputados ao largo de Pequim.

"Às 12h06 (01h06 no horário de Brasília), o navio filipino 'N.º 9701' colidiu deliberadamente com o navio chinês '5205'", disse um porta-voz da Guarda Costeira chinesa, Liu Dejun, citado pela emissora pública CCTV.

Mas, de acordo com o porta-voz da Guarda Costeira filipina, Jay Tarriela, foi o navio da Guarda Costeira chinesa que "bateu direta e intencionalmente" no navio BRP filipino Teresa Magbanua.

Este navio está ancorado na área desde abril, a fim de fazer valer a reivindicação de Manila sobre esta área. 

Tarriela disse que o navio filipino foi atingido três vezes e que nenhum tripulante ficou ferido. Lembrou ainda que esta colisão é o quinto incidente com embarcações chinesas este mês.

O incidente ocorreu em águas próximas ao recife Xianbin, conhecido nas Filipinas como “Sabina”.

Situa-se a 140 km da costa filipina e a 1.200 km da ilha chinesa de Hainan, e tem sido palco de vários incidentes nos últimos dias.

No domingo, Manila acusou navios chineses de atingirem um barco de pesca filipino e de usarem canhões de água contra ele perto daquele recife. Liu Dejun insistiu que “a China exerce uma soberania incontestável” naquela área. 

O confronto entre a China e as Filipinas alimenta o medo de que possa eclodir um conflito que possa levar à intervenção de Washington, que assinou um tratado de defesa mútua com Manila.

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