A Polônia relembra, neste domingo (1º), o 85º aniversário do início da Segunda Guerra Mundial durante uma cerimônia solene, realizada de madrugada para recordar os primeiros ataques da Alemanha nazista. 

Os eventos ocorreram, como de costume, em Westerplatte, na costa báltica do país, onde um navio de guerra da Alemanha nazista bombardeou um forte polonês em 1º de setembro de 1939. 

Os ataques à Polônia levaram a Grã-Bretanha e a França a declarar guerra à Alemanha nazista. Em 17 de setembro, a União Soviética invadiu a Polônia. 

No local, o primeiro-ministro, Donald Tusk, declarou que as lições da Segunda Guerra Mundial não eram "uma abstração" e traçou paralelos com a atual guerra na vizinha Ucrânia, iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022. "A guerra vem do leste novamente", declarou.

Tusk apelou aos Estados-membros da Otan para "se dedicarem totalmente à defesa [...] da agressão que testemunhamos hoje nos campos de batalha da Ucrânia". 

O presidente polonês, Andrzej Duda, por sua vez, participou em eventos na cidade de Wielun, no oeste do país, onde caíram as primeiras bombas alemãs há 85 anos. 

Duda considerou que as "desculpas" da Alemanha não foram suficientes e pediu reparações. "Esta questão não está resolvida", declarou.

O atual governo polonês pró-europeu liderado por Tusk exige que Berlim forneça uma compensação financeira pelas perdas que o país sofreu. 

Segundo a imprensa polonesa, Varsóvia e Berlim mantêm negociações sobre indenizações financeiras para as vítimas sobreviventes do conflito. A Polônia estima que até 70.000 pessoas poderiam ser indenizadas. 

Quase seis milhões de poloneses morreram durante a Segunda Guerra Mundial, que ceifou 50 milhões de vidas, incluindo os seis milhões de judeus que morreram no Holocausto, dos quais metade era polonesa.

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