Um ataque com um drone equipado com explosivos destinado à prisão de segurança máxima no porto equatoriano de Guayaquil (sudoeste) foi frustrado, nesta quinta-feira (5), disse o chamado Bloco de Segurança, formado pela polícia e pelas forças armadas para combater o tráfico de drogas.
“A ação do Bloco de Segurança impediu um ataque que pretendia ser perpetrado no Centro de Privação de Liberdade Guayas No. 3, conhecido como La Roca, com o objetivo de desativar esse centro”, disse a organização em um comunicado, sem informar sobre vítimas.
Uma intervenção de policiais, militares e agentes penitenciários “há poucas horas (...) identificou e impediu a ação de um drone com explosivos que sobrevoava a prisão”, acrescentou.
La Roca faz parte de um grande complexo penitenciário em Guayaquil e tem capacidade para cerca de 100 prisioneiros.
Isso inclui o ex-vice-presidente Jorge Glas, que foi preso em abril quando a polícia invadiu a embaixada mexicana em Quito, onde ele estava asilado. O incidente levou ao rompimento das relações entre os dois países.
O Bloco de Segurança disse que está avaliando “o melhor curso de ação: explosão controlada ou desmantelamento in situ” do drone com explosivos, sem especificar se o dispositivo foi abatido enquanto sobrevoava o local.
Em setembro de 2023, as forças de segurança detonaram de forma controlada um drone carregado de explosivos que aterrissou em La Roca.
As prisões do Equador, que se tornaram centros de operações criminosas, estão sob controle militar desde janeiro, quando o presidente Daniel Noboa declarou que o país estava em conflito armado interno diante de um ataque do narcotráfico.
“Enfrentaremos cada uma de suas constantes tentativas de retomar o controle do sistema penitenciário e do país”, disse o Bloco de Segurança em uma mensagem às "máfias" na declaração desta quinta-feira.
O equatoriano Adolfo Macías, conhecido como Fito, líder criminoso do Los Choneros que fugiu e ainda não foi localizado, também estava preso lá.
Macías havia feito ameaças de morte contra o candidato presidencial Fernando Villavicencio, que foi assassinado por criminosos colombianos em agosto de 2023 ao sair de um comício no norte de Quito.
De acordo com centros de pesquisa independentes, os Choneros têm uma força de cerca de 8 mil homens. Aliado aos cartéis mexicanos e colombianos, esse grupo compete com cerca de 20 outras organizações pelo negócio do tráfico de drogas.
Em 2021, já houve um ataque de drone com explosivos contra o grande complexo penitenciário de Guayaquil, que tem sido palco de massacres sangrentos devido a confrontos entre gangues de drogas que deixaram mais de 460 pessoas mortas desde 2021.
sp/val/jmo