O ministro da Cultura italiano, Gennaro Sangiuliano, renunciou nesta sexta-feira (6), afetado por um caso de adultério com uma mulher que filmava secretamente as suas saídas.
"Depois de muita reflexão, durante dias dolorosos (…), decidi renunciar de maneira irrevogável ao meu cargo de ministro da Cultura", escreveu Sangiuliano a Giorgia Meloni em uma carta publicada pelo seu ministério.
Sangiuliano, de 62 anos, é o primeiro ministro do governo Meloni a renunciar e apenas duas semanas antes de uma reunião, de 19 a 21 de setembro, dos ministros da Cultura dos países do G7, presidida pela Itália este ano.
Anunciou ainda que irá ao Ministério Público defender "a minha honra" e "demonstrar a minha absoluta transparência e que agi corretamente", sem especificar quem irá denunciar.
"Agradeço sinceramente a Gennaro Sangiuliano (...) pelo extraordinário trabalho realizado até agora, que permitiu ao governo italiano obter resultados importantes na recuperação e valorização do grande patrimônio cultural italiano", afirmou Meloni em comunicado.
Na última quarta-feira, o ministro italiano apresentou a sua demissão a Meloni, que não a aceitou no momento.
Em uma longa entrevista concedida na noite de quarta-feira ao primeiro canal da RAI, a televisão pública, o ministro fez confissões públicas sobre Maria Rosaria Boccia, de 41 anos, que nos últimos dias inundou as redes sociais com imagens sobre a sua relação.
"Tornou-se uma relação romântica" em maio passado, reconheceu, e disse que terminou no "final de julho, início de agosto".
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