O Exército israelense exibiu, nesta terça-feira (10), imagens de um túnel estreito onde afirma ter encontrado, em 20 de agosto, os corpos de seis reféns "assassinados pelo Hamas" no sul da Faixa de Gaza.
A descoberta dos corpos dos seis reféns, capturados pelo movimento islamista palestino em 7 de outubro em Israel, desencadeou uma onda de manifestações no país.
O porta-voz do Exército israelense, contra-almirante Daniel Hagari, mostrou na TV as condições nas quais os reféns foram encontrados no túnel.
O espaço, informou, tem 80 cm de largura por 120 metros de comprimento e está localizado a 20 metros da superfície em Khan Yunis, no sul de Gaza.
Após ser gravado descendo de rapel pelo túnel de um poço de acesso, Hagari apareceu em frente à câmera agachado no corredor subterrâneo que, segundo afirmou, era "baixo demais para ficar de pé" e estava "muito úmido".
"Foram heróis que sobreviveram a condições terríveis de detenção [até serem] assassinados", afirmou.
No túnel, a câmera do Exército mostrou colchões espalhados, garrafas e cubas para as necessidades dos reféns.
Na gravação, Hagari mostra um jogo de xadrez, um carregador de fuzil automático, um carregador elétrico "utilizado pelos terroristas", um exemplar do Corão e cartuchos de bala, "que podem ter sido utilizados" para matar os reféns.
"Aqui veem-se restos de sangue", acrescenta, enquanto aponta para uma poça escura no suposto local onde os reféns "viveram seus últimos momentos".
O Exército "perseguirá os terroristas que atiraram nos seis reféns: Hersh Goldberg-Polin, Alexander Lobanov, Carmel Gat, Eden Yerushalmi, Ori Danino e Almog Sarusi", ressaltou.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assegurou que os reféns encontrados no túnel tinham sido executados com um tiro "na nuca".
A guerra entre Israel e Hamas teve início após o ataque de 7 de outubro, quando milicianos islamistas mataram 1.205 pessoas no sul de Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Os milicianos também sequestraram 251 pessoas, das quais 97 permanecem em cativeiro em Gaza, inclusive 33 que os militares israelenses declararam como mortas.
Em resposta, Israel prometeu "aniquilar" o Hamas e lançou uma ofensiva que já deixou 41.020 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território palestino, governado pelo grupo islamista.
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