Uma delegação do Hamas se reuniu nesta quarta-feira (11) com mediadores cataris e egípcios em Doha para discutir um cessar-fogo na Faixa de Gaza e uma possível troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses, informou o movimento islamista palestino em um comunicado.

O Hamas, que governa o território palestino desde 2007, afirmou que seu negociador-chefe, Khalil al Hayya, se encontrou com o primeiro-ministro catari, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e com o chefe dos serviços de inteligência egípcios, Abbas Kamel.

O grupo palestino indicou que as discussões giraram em torno dos "acontecimentos relativos à causa palestina e à agressão à Faixa de Gaza", mas não especificou se as conversas avançaram.

Estados Unidos, Catar e Egito medeiam há meses as partes na tentativa de alcançar um acordo de cessar-fogo em Gaza e uma troca de prisioneiros palestinos por reféns israelenses, mas as negociações estão estagnadas.

Apenas uma trégua de uma semana foi alcançada no fim de novembro, durante a qual 105 reféns em poder do Hamas foram liberados em troca de 240 prisioneiros palestinos.

As recentes rodadas de negociações realizadas em Doha e no Cairo se basearam em um quadro estabelecido em maio pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e apresentado às partes em agosto.

Em um comunicado, o Hamas reiterou sua "disposição para a aplicação imediata do acordo de cessar-fogo" proposto pelo presidente americano.

As pressões por um cessar-fogo aumentaram nos últimos dias, depois que o Exército israelense anunciou no início de setembro a descoberta de seis corpos de reféns israelenses em um túnel em Gaza.

No entanto, tanto o Hamas quanto Israel se mantêm firmes em suas posições.

O Hamas exige a retirada completa das tropas israelenses de Gaza, enquanto Israel insiste em manter seus soldados em um corredor na fronteira entre o território palestino e o Egito.

A guerra entre Israel e Hamas começou em 7 de outubro, quando militantes islamistas mataram 1.205 pessoas no sul de Israel, em sua maioria civis, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses.

251 pessoas foram sequestradas, das quais 97 continuam em cativeiro em Gaza, incluindo 33 que os militares israelenses declararam como mortas.

Em resposta, Israel lançou uma ofensiva que já deixou 41.084 mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território palestino.

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