O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, anunciou nesta quinta-feira (12) que sua controversa reforma judicial, que exige que todos os juízes sejam eleitos por voto popular, está pronta para ser promulgada depois de obter o apoio de 18 congressos estaduais.
A emenda, aprovada na quarta-feira pela maioria governista de esquerda no Senado, precisava ser endossada por pelo menos 17 parlamentos regionais antes de ser sancionada pelo presidente. “Dezoito (estados) já a aprovaram, portanto já é legal, porque o mínimo é 17”, disse López Obrador em sua coletiva de imprensa diária.
O presidente acrescentou que aguardará que os 32 estados finalizem o processo antes de assinar o texto, que deverá então ser regulamentado pelo Congresso federal por meio de leis secundárias.
Assim, o México se tornará o primeiro país do mundo a eleger todos os seus juízes por voto popular, inclusive os da Suprema Corte, o que, segundo López Obrador, limpará o judiciário da corrupção.
O presidente acusa a mais alta corte de favorecer políticos corruptos, o crime organizado e de ser a trincheira da oposição.
No entanto, os juízes da mais alta corte, os Estados Unidos, um relator da ONU e organizações de direitos humanos alertam que a votação direta ameaça a independência dos poderes e que os juízes podem estar sujeitos à manipulação política e ao tráfico de drogas.
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