Um ambientalista opositor à mineração em Honduras foi morto a tiros por agressores não identificados no sábado (14), no nordeste do país, informou a presidente hondurenha, Xiomara Castro, que condenou o crime.
"Repudiamos o vil assassinato do companheiro e líder ambientalista Juan López em Tocoa, Colón. Ordenei que toda a capacidade das forças de ordem sejam utilizadas para elucidar esta tragédia e identificar os responsáveis", disse a presidente de esquerda na rede social X no sábado, pedindo "Justiça para Juan López".
Segundo a esposa do ambientalista, ele foi atingido por "tiros" quando deixava uma igreja evangélica, explicou brevemente Thelma Peña à AFP por telefone.
López era membro do partido governista Libre e liderou a oposição à mineração de ferro a céu aberto em Tocoa, onde trabalhou na prefeitura da cidade.
O ambientalista havia pedido recentemente, em uma entrevista coletiva, a demissão de dirigentes do partido Libre que apareceram em um vídeo negociando subornos com traficantes de drogas em 2013.
A gravação envolvia Carlos Zelaya, cunhado da presidente e irmão do ex-mandatário Manuel Zelaya, marido de Castro, que renunciou ao cargo de deputado e secretário do Congresso após reconhecer ter participado deste encontro.
Em novembro de 2021, López já havia comentado sobre os riscos enfrentados pelos ambientalistas em Honduras: "Se você sair de casa, tenha sempre em mente que não sabe o que pode acontecer com você, se poderá voltar", disse naquela ocasião.
O ambientalista tinha medidas cautelares ordenadas pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos desde outubro de 2023, devido a ameaças contra ele e outros ambientalistas de Tocoa.
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