As negociações entre a fabricante de aviões americana Boeing e o Sindicato Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM) serão retomadas na terça-feira (17), no âmbito de uma mediação federal, anunciou a seção local desta organização.
"O sindicato se reunirá na terça-feira com mediadores federais designados pelo Serviço Federal de Mediação e Conciliação (FMCS) e a Boeing para iniciar as discussões", disse na noite de sábado o IAM-District 751, que representa mais de 33.000 membros do sindicato da Boeing na área de Seattle (noroeste).
O sindicato informou à AFP neste domingo que não possuía outros dados, enquanto a empresa se recusou a comentar.
Assim que a greve foi anunciada, o grupo indicou que estava ansioso para voltar à mesa de negociações e chegar a um acordo.
Cerca de 94,6% dos trabalhadores representados pelo IAM-District 751 rejeitaram o projeto de acordo coletivo anunciado em 8 de setembro, e 96% aprovaram a paralisação das atividades.
A última greve na Boeing, que emprega cerca de 170 mil pessoas, ocorreu em 2008 e durou 57 dias.
O FMCS anunciou na noite de sexta-feira que as partes "retomarão suas reuniões no início da próxima semana", sem especificar uma data.
"Este é o momento de nos levantarmos, de mostrar à Boeing que nossas vozes não são apenas poderosas, mas que não podem ser silenciadas", disse o sindicato no sábado, convidando os grevistas a divulgar a situação na empresa para “todo o país e além".
"Estamos mais fortes do que nunca e não desistiremos", advertiu a organização.
A greve, que começou com a expiração do acordo coletivo anterior à meia-noite de quinta-feira, paralisou duas importantes fábricas da Boeing: as de Renton e Everett, que produzem o 737 MAX - o modelo mais vendido -, o 777 de transporte de carga e o avião-tanque 767, cujas entregas já estão atrasadas.
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