O petroleiro atacado pelos rebeldes huthis do Iêmen em agosto e abandonado no Mar Vermelho "foi rebocado com sucesso para um local seguro, sem causar nenhum derramamento de petróleo", anunciou a missão naval da União Europeia no Mar Vermelho, Aspides, nesta segunda-feira (16).
A operação de reboque do "MV Sounion", com bandeira grega e carregado com mais de um milhão de barris de petróleo, não foi fácil.
Os danos causados ao navio pelo ataque dos huthis, apoiados pelo Irã, despertaram temores de um vazamento de petróleo quatro vezes maior do que o ocorrido no desastre do "Exxon Valdez", em 1989, em frente ao Alasca, segundo especialistas.
Os rebeldes huthis, que controlam grandes áreas do Iêmen, atacam há meses embarcações que consideram ter relação com Israel, Estados Unidos ou Reino Unido, em solidariedade aos palestinos da Faixa de Gaza, palco há quase um ano de uma guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas.
"A operação de reboque foi concluída por atores privados", mas a missão da UE no Mar Vermelho, Aspides, afirmou que "continuará a monitorar a situação".
O navio, que transportava 150.000 toneladas de petróleo, pegou fogo e perdeu sua força motriz após ser atacado no dia 21 de agosto "com drones e mísseis" em frente à costa do Iêmen.
Os 25 tripulantes foram evacuados no dia seguinte por uma fragata francesa da Aspides.
Alguns dias depois, os rebeldes afirmaram que haviam detonado cargas no convés do navio, causando novos incêndios.
Os ataques dos huthis perturbaram a navegação no Mar Vermelho, que se conecta ao Canal de Suez e pelo qual passa grande parte do tráfego marítimo entre Ásia e Europa.
Os Estados Unidos formaram uma coalizão marítima internacional e atacaram alvos rebeldes no Iêmen, pontualmente com a ajuda do Reino Unido.
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