Os preços do petróleo fecharam em alta nesta terça-feira (17), impulsionados por preocupações relacionadas ao Oriente Médio após a explosão de centenas de "pagers" pertencentes a membros do grupo libanês pró-iraniano Hezbollah.

Nove pessoas morreram e quase 2.800 ficaram feridas no Líbano nesta terça-feira devido à explosão simultânea desses dispositivos eletrônicos, de acordo com um novo balanço do Ministério da Saúde.

Os "pagers", aparelhos de mensagens e localização de pequeno porte que não precisam de cartão SIM nem de conexão com a internet, explodiram simultaneamente em várias regiões libanesas onde o Hezbollah está presente.

Na Síria, 14 membros do Hezbollah também ficaram feridos pelo mesmo motivo, informou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro subiu 1,30%, chegando a 73,70 dólares.

Enquanto isso, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em outubro subiu 1,56%, atingindo 71,19 dólares por barril.

Desde que atingiu um mínimo desde 2021, na última quarta-feira, o Brent recuperou 7%, enquanto o WTI subiu mais de 8%.

"O ataque contra o Hezbollah aumenta o prêmio de risco geopolítico" no preço do barril de petróleo, resumiu Phil Flynn, do Price Futures Group.

O Hezbollah acusou Israel pelas explosões e afirmou que "receberá, sem dúvida, sua devida punição".

Israel não comentou o episódio.

Segundo Flynn, a notícia acelerou a alta dos preços, que já vinham subindo.

O mercado está em alta antecipando os dados sobre os estoques comerciais de petróleo nos Estados Unidos. Os operadores esperam uma contração desses estoques, cujos dados serão divulgados na quarta-feira.

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