A fabricante americana de aviões Boeing irá colocar em paralisação técnica rotativa milhares de empregados em meio a uma greve de 3.000 trabalhadores no noroeste do país, anunciou seu presidente, Kelly Ortberg, nesta quarta-feira (18).
Em uma mensagem aos empregados, o executivo disse que a medida afetará todos os níveis de atividade no território americano.
Ortberg revelou que, "para limitar o impacto", os empregados afetados terão uma semana de paralisação técnica a cada quatro.
Na segunda, a Boeing anunciou fortes cortes de gastos como resposta à greve. Entre as medidas anunciadas estavam as licenças temporárias e o congelamento de contratações, assim como de alguns aumentos salariais.
Quase 95% dos trabalhadores da Boeing representados pelo Distrito 751 rejeitaram o projeto de convênio coletivo anunciado em 8 de setembro e 96% aprovaram o encerramento das atividades.
A greve, que começou com a expiração do convênio coletivo anterior na quinta-feira de semana passada à meia-noite, paralisa duas importantes plantas da Boeing: as de montagem de Renton e Everett, que produzem o 737 MAX - a aeronave mais vendida -, o 777 de transporte de carga, e o avião cisterna militar 767, cujas entregas já estão sofrendo com atrasos.
A última greve na Boeing, que emprega no total 170.000 pessoas, foi em 2008 e durou 57 dias.
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