Aparelhos ficaram populares nos anos 1980 e 1990 -  (crédito: Jack-Benny Persson / Flickr)

Aparelhos ficaram populares nos anos 1980 e 1990

crédito: Jack-Benny Persson / Flickr

Nessa terça-feira (17/9), equipamentos de mensagem ‘pager’ dos membros do Hezbollah explodiram em todo o Líbano. A detonação dos dispositivos deixou doze mortos e mais de 2.700 feridos, como informou o Ministério da Saúde local. 

 

 

Informações iniciais indicam que 15 a 20 explosões ocorreram nos subúrbios ao sul de Beirute e mais 15 a 20 detonações aconteceram no sul do Líbano. Os aparelhos eram usados pelos integrantes do grupo extremista Hezbollah como forma de comunicação para evitar que Israel os rastreassem, já que os pagers não possuem GPS.

 

Como funcionam os pagers utilizados como explosivos no Líbano?

 

Os dispositivos foram um meio de comunicação móvel desenvolvido nos anos 1950 e 1960. Conhecido no Brasil como “bipes”, sua popularidade aconteceu nas décadas de 1980 e 1990, antes do crescimento do uso de celulares. 

 

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Os pagers utilizavam transmissões de rádio para que as pessoas enviassem e recebessem mensagens. Os aparelhos possuíam códigos, parecido aos números de telefone, mas suas mensagens não eram enviadas de forma direta, como um SMS ou como é feito no WhatsApp.

 

Para se comunicar com alguém, era necessário telefonar para uma central telefônica e informar ao atendente o código do dispositivo que ela gostaria de enviar a mensagem. O conteúdo, que deveria ser curto, apareceria na pequena tela de LCD do destinatário. 

 

Pagers do Hezbollah eram utilizados para não serem rastreados

 

O líder do grupo extremista, Hassan Nasrallah, pediu a seus membros, especialmente os localizados na linha de frente na fronteira sul do Líbano com Israel, que parassem de utilizar smartphones, já que o país vizinho poderia rastreá-los. 

 

De acordo com a Al Jazeera, fontes de segurança libanesas informaram que os pagers que explodiram foram importados pelo Hezbollah há 5 meses. Dentro dos equipamentos, foram identificadas explosivos de menos de 50 gramas. 

 

 

Um membro do grupo contou à agência que os equipamentos esquentaram antes de explodir. Os pagers foram importados de uma marca que não era comumente utilizada pelo Hezbollah.

 

Após o incidente, o governo libanês pediu aos cidadãos que, aqueles que possuem pagers, joguem fora os dispositivos imediatamente, como informou a agência de notícias estatal do Irã Irna.