O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, fez um apelo nesta quinta-feira (19) por uma "desescalada" no Oriente Médio após os últimos acontecimentos no Líbano, em uma declaração lida ao lado do presidente palestino, Mahmud Abbas, de visita a Madri.
"Hoje, o risco de escalada voltou a aumentar perigosamente" no Líbano, "por isso que temos que fazer um novo e firme apelo à contenção, à desescalada", pediu o líder socialista.
De todas as formas, nem Sánchez nem Abbas comentaram diretamente as explosões no Líbano de dispositivos de comunicação pertencentes a membros do movimento islamista libanês pró-iraniano Hezbollah, inimigo de Israel, que deixaram 37 mortos entre terça e quarta-feira.
O primeiro ministro do Líbano, Najib Mikati, pediu nesta quinta que a ONU ponha fim à "guerra tecnológica" de Israel, a quem acusa de estar por trás dessas explosões.
Além das 37 vítimas fatais, 2.931 pessoas ficaram feridas nas explosões de terça e quarta, segundo o Ministério da Saúde libanês.
O ataque aconteceu depois que Israel anunciou a extensão de seus alvos de sua atual guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza à sua fronteira norte com o Líbano.
Mahmud Abbas está em Madri para agradecer o apoio da Espanha, que, em maio, reconheceu a Palestina como Estado.
A visita ocorre a "convite da Espanha", antes de o presidente palestino viajar a Nova York para participar da Assembleia Geral anual das Nações Unidas, segundo disse uma fonte da presidência palestina.
Abbas lidera a Autoridade Palestina, que tem sede na Cisjordânia ocupada. A Autoridade Palestina lidera a Organização para Libertação da Palestina (OLP) e pertence ao Fatah, o movimento político fundado por Yasser Arafat, já falecido.
O Hamas, que é uma facção islamista que se opõe a essa liderança palestina, governa a Faixa de Gaza desde 2007.
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