O Panamá cumpriu a legislação internacional para sair das listas de paraísos fiscais, anunciou, nesta quinta-feira (19), o presidente do país, José Raúl Mulino.

“Não é verdade que o Panamá não é um país que coopera, temos todas as ferramentas legais e internacionais para cooperar com a comunidade que solicitar", disse Mulino em entrevista coletiva semanal, acrescentando que o país fez "um esforço para cumprir todas essas receitas" para sair de todas as listas.

Diferentes governos panamenhos negaram as acusações de que o país é um paraíso fiscal. Sua imagem foi manchada pelo escândalo Panama Papers, uma investigação jornalística internacional que revelou em 2016 como milhares de empresas de fachada foram criadas a partir de um escritório de advocacia panamenho. Algumas delas serviram para personalidades de todo o mundo esconderem dinheiro.

Há uma semana, Mulino alertou que os países que mantiverem o Panamá listado não poderão participar de licitações panamenhas.

Após o escândalo de 2016, o Panamá realizou reformas legais, incluindo a criminalização da sonegação fiscal, que não era considerada um crime. Essas mudanças permitiram que o país saísse, em 2023, da lista do Grupo de Ação Financeira (GAFI), sediado em Paris.

Mulino, que assumiu o cargo em 1º de julho, afirmou que na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas explicará "claramente a injustiça que está sendo cometida contra o Panamá".

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