Um soldado norte-americano que, no ano passado, cruzou a fronteira e entrou na Coreia do Norte, se declarou culpado de deserção nesta sexta-feira (20) como parte de um acordo e foi sentenciado a 12 meses de confinamento, informou seu advogado.

Devido ao seu bom comportamento e ao tempo já cumprido, ele foi liberado, disse seu representante legal.

Travis King enfrentava 14 acusações relacionadas a incidentes anteriores e por fugir através da fronteira sul-coreana para a Coreia do Norte em julho de 2023, enquanto participava de uma visita guiada à Zona Desmilitarizada que divide a península.

Como parte de um acordo aceito por um juiz militar, King se declarou culpado de apenas cinco acusações: deserção, agressão a um suboficial e três acusações por desobedecer a um oficial.

Depois que o fechado país comunista expulsou King em setembro, o Exército dos Estados Unidos o acusou de deserção e outros crimes, como agressão a colegas, posse de um vídeo de pornografia infantil e declarações falsas.

Antes do incidente, King deveria ser enviado de volta ao Texas para uma audiência disciplinar, após ter participado de uma briga em estado de embriaguez em um bar e ter sido preso na Coreia do Sul.

No entanto, em vez de viajar para Fort Bliss, o soldado saiu do aeroporto de Seul, juntou-se a um tour na Zona Desmilitarizada e cruzou a fronteira antes de ser detido pelas autoridades norte-coreanas.

Pyongyang havia afirmado que King desertou para a Coreia do Norte para escapar do "abuso e discriminação racial no Exército dos Estados Unidos".

Mas, após concluir sua investigação, a Coreia do Norte "decidiu expulsar" King em setembro por invadir ilegalmente seu território.

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