Os advogados das mulheres que acusam Mohamed Al Fayed de estupro e agressão sexual receberam “mais de 150 novas solicitações” de possíveis acusadores ou pessoas com provas contra o falecido magnata egípcio, informaram neste sábado (21).
Os advogados denunciaram em uma coletiva de imprensa “um quarto de século de agressões sexuais”.
Pelo menos 37 mulheres acusam Mohamed Al Fayed - pai do ex-namorado da Princesa Diana, Dodi, e ex-proprietário da icônica loja de departamentos britânica Harrods - que morreu no ano passado aos 94 anos de idade, de agressão sexual. Pelo menos cinco delas alegam ter sido estupradas.
A equipe de advogados que representa as vítimas recebeu “mais de 150 novas solicitações” de informações desde que uma investigação da BBC foi transmitida na noite de quinta-feira.
São pedidos de “sobreviventes e pessoas que têm provas” sobre Al Fayed, disseram os advogados.
O site da Harrods também disponibilizou um formulário para ser preenchido pelas vítimas.
Os advogados denunciaram na coletiva de imprensa um “sistema” de predação comparado ao de Jeffrey Epstein e Harvey Weinstein, nos Estados Unidos.
Um ex-funcionário do clube de futebol Fulham FC afirmou neste sábado que já haviam sido tomadas medidas para proteger as jogadoras de Al Fayed, proprietário do time entre 1997 e 2013.
“Li toda a imprensa ontem e, para ser honesto, isso não me surpreende”, disse à BBC Gaute Haugenes, que foi responsável pelo time feminino do Fulham entre 2001 e 2003.
“Sabíamos que ele gostava de garotas loiras. Portanto, estávamos atentos para garantir que essas situações não acontecessem. Protegemos nossas jogadoras”, acrescentou.
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