O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, se reuniu, nesta segunda-feira (23), com representantes da gigante de energia espanhola Repsol para "avançar" em novos acordos de cooperação, em meio a uma crise diplomática entre Caracas e Madri devido aos questionamentos sobre a reeleição do mandatário venezuelano.
Maduro recebeu, no palácio presidencial de Miraflores, José Carlos de Vicente Bravo, executivo internacional de exploração e produção da Repsol, e Luis García Sánchez, diretor da multinacional no país sul-americano.
A reunião teve como objetivo "firmar e avançar em novos acordos de cooperação", informou o canal estatal VTV, que transmitiu imagens do encontro. A vice-presidente e ministra venezuelana do Petróleo, Delcy Rodríguez, e o presidente da petrolífera estatal PDVSA, Héctor Obregón, também participaram da conversa.
Rodríguez já havia se encontrado com García Sánchez no dia 13 de setembro, um dia após o chanceler da Venezuela convocar a embaixadora do país em Madri para consultas, após os questionamentos à reeleição de Maduro, alvo de denúncias de fraude. A oposição reivindica a vitória de Edmundo González Urrutia, que, por sua vez, se exilou na Espanha.
O governo do socialista Pedro Sánchez não reconheceu a vitória de Maduro nem a de seu opositor, apesar da pressão do Parlamento espanhol.
A Repsol é uma das multinacionais de energia que receberam licença individual para operar na Venezuela, apesar das sanções americanas ao petróleo venezuelano.
A empresa possui uma participação de 40% na empresa mista Petroquiriquire, da qual a PDVSA detém os 60% restantes, segundo dados do grupo espanhol, que estima os passivos do empreendimento em cerca de 340 milhões de dólares (R$ 1,88 bilhão).
A Repsol também opera em várias regiões no oeste e leste do país, com importantes projetos de gás.
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