Os deputados russos aprovaram, nesta terça-feira (24), um projeto de lei que permite retirar as acusações criminais contra acusados, mesmo que o julgamento não tenha terminado, se os réus assinarem um contrato com o Exército ou forem mobilizados, em meio ao conflito contra a Ucrânia.

Em comunicado, a Duma, a Câmara baixa do Parlamento, indicou que aprovou esse texto em sua leitura final. Deve ser validado pelo Senado e depois promulgado pelo presidente Vladimir Putin, o que é apenas uma formalidade.

Em março, emendas ao Código Penal russo facilitaram a libertação condicional de acusados durante a investigação ou de pessoas já condenadas, caso sejam mobilizadas ou assinem um contrato com as forças armadas. 

Desde 2022, o grupo paramilitar Wagner recrutou dezenas de milhares de detidos nas colônias prisionais do país, às custas do Kremlin, para que lutassem na linha da frente na Ucrânia. 

Depois, o Exército regular russo, em conflito com o Wagner, assumiu o controle desses recrutamentos e agora oferece contratos a prisioneiros voluntários para lutar.

As autoridades russas prometem salários altos, honras, benefícios sociais e liberdade aos voluntários se sobreviverem aos combates. Eles assumem as missões mais sangrentas, na linha de frente.

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