A Finlândia vai devolver para a China dois pandas gigantes com mais de oito anos de antecedência em relação ao calendário previsto, devido às dificuldades financeiras do zoológico que os abriga, informou o parque à AFP nesta quarta-feira (25).

Os pandas gigantes, chamados Jin Bao Bao ("Lumi", que significa neve em finlandês) e Hua Bao ("Pyry", que significa tempestade de neve), chegaram à Finlândia em 2018 e serão devolvidos antes do fim do ano.

Os dois animais deviam passar 15 anos na Finlândia, mas o diretor da diretoria do zoológico de Ahtari, Risto Sivonen, afirmou: "Nossa situação econômica não nos permite mais mantê-los".

Um acordo de empréstimo tinha sido assinado durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao país nórdico em 2017.

"Naquele momento, estávamos certos de que era a decisão correta", ressaltou Sivonen.

A diminuição do número de visitantes devido à pandemia de covid, o aumento das taxas de juros e a inflação após a invasão da Ucrânia afetaram as finanças do zoo.

"O custo da casa dos pandas chega a 8,5 milhões de euros (cerca de R$ 52 milhões) e o custo anual de manutenção dos animais é de 1,5 milhão de euros (R$ 9,3 milhões)", acrescentou.

O acordo de devolução foi fechado com os sócios do zoológico na China em 20 de setembro.

Os pandas, que estão em "muito bom estado" segundo o diretor, serão postos em quarentena no final de outubro durante pelo menos um mês antes de voltarem para a China.

Estes mamíferos são empresados pela China para zoológicos estrangeiros no âmbito do que é chamado de "diplomacia do panda".

Segundo o WWF, restam 1.860 pandas gigantes na natureza, principalmente nos bosques de bambu das montanhas chinesas.

Também há aproximadamente 600 em centros para pandas, zoológicos e parques em todo o mundo.

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