A presidente de Honduras, Xiomara Castro, prometeu, nesta quarta-feira (25), "capturar e condenar" os assassinos do ambientalista Juan López, em um discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas.

López foi assassinado a tiros por um pistoleiro na noite de 14 de setembro, quando saía de uma igreja católica na comunidade de Tocoa, 220 km ao nordeste de Tegucigalpa.

"Ordenei que se utilize toda a capacidade das forças de segurança e dos órgãos operadores de justiça para investigar, identificar, capturar e condenar os autores intelectuais e materiais deste crime", declarou a presidente de esquerda.

López era um "líder social e político que denunciava permanentemente o modelo de exploração extrativista. Repudio e condeno o assassinato vil", acrescentou Xiomara.

A presidente reiterou suas denúncias sobre ameaças de golpe de Estado por "promover mudanças estruturais", com as quais afirmou ter conseguido reduzir em 12 pontos percentuais a pobreza, que, ao assumir, em fevereiro de 2022, afetava 74% dos dez milhões de hondurenhos.

"Hoje estou ameaçada pelas mesmas forças do capital que, há 15 anos, deram um golpe de Estado no presidente Manuel Zelaya", afirmou, em referência ao marido, deposto em um golpe de Estado em junho de 2009.

Xiomara também levantou sua voz para "denunciar o genocídio do povo palestino" por Israel, lamentando que "já são mais de 40 mil pessoas inocentes assassinadas por um bombardeio que alguns países premiaram com seu silêncio". Além disso, manifestou que "o Líbano não deve se tornar outra Faixa de Gaza".

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