A ONU pediu, nesta quinta-feira (26), a proteção dos ambientalistas na Colômbia, o país com mais assassinatos de defensores da natureza no mundo, pouco antes de organizar a COP16 sobre a biodiversidade. 

"É fundamental que as instituições do Estado, as empresas e os diversos atores da sociedade civil reconheçam o seu trabalho vital e que geremos as condições para que possam exercer plenamente o direito de defender o direito a um meio ambiente saudável", disse em um evento em Bogotá o vice-representante do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos na Colômbia, Carlos de la Torre.

Segundo a ONG Global Witness, a Colômbia foi o país que em 2023 registrou mais assassinatos de ambientalistas, com 79 casos. 

Até agora, em 2024, as Nações Unidas contabilizaram 16 homicídios neste grupo de defensores dos direitos humanos, segundo De la Torre.

Atrás da Colômbia na lista de ambientalistas assassinados estão outros países da região, como Brasil, México e Honduras.

De 21 de outubro a 1º de novembro, a cidade colombiana de Cali (sudoeste) organizará a COP16 sobre biodiversidade, um evento fundamental para definir ações em defesa das riquezas naturais do planeta. 

"Não é por acaso que (a conferência) acontecerá na região mais perigosa do mundo para defender o meio ambiente", acrescentou De la Torre, que chamou a atenção para a "situação especialmente crítica" destes ativistas na Amazônia colombiana. 

O representante lembrou que durante a COP16 os países abordarão pela primeira vez questões de direitos humanos e justiça ambiental.

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