A junta militar de Mianmar, imersa em uma guerra mortal há três anos e meio contra várias rebeliões da oposição e milícias constituídas por minorias étnicas, pediu aos grupos armados para cessarem os combates e iniciarem negociações de paz. 

"Convidamos grupos armados, grupos terroristas rebeldes e grupos terroristas da PDF (Força de Defesa do Povo) que lutam contra o Estado a renunciarem à sua luta terrorista e nos contatarem para resolver problemas políticos de uma forma política", afirmou a junta em comunicado.

Esta surpreendente proposta de diálogo surge após uma série de grandes reveses militares da junta contra grupos rebeldes de minorias étnicas estabelecidos há muito tempo e novas forças que surgiram após o golpe de Estado de fevereiro de 2021. 

O Exército assumiu então o poder, alegando fraude nas eleições legislativas de 2020, amplamente vencidas pelo partido de Aung San Suu Kyi, vencedora do Prêmio Nobel da Paz. 

O conflito civil no país deslocou mais de 3 milhões de pessoas, segundo a ONU. Uma ONG local afirma que a repressão levou à morte de mais de 5.700 civis e a mais de 20.000 detenções.

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