Os preços do petróleo caíram nesta quinta-feira (26) após a publicação de informações conflitantes sobre um possível aumento de produção por parte da Arábia Saudita.

O barril de Brent do Mar do Norte para entrega em novembro perdeu 2,53%, a 71,60 dólares. E o barril de West Texas Intermediate (WTI), com entrega no mesmo mês, baixou 2,90%, para 67,67 dólares.

“Os preços caíram depois da publicação de um artigo do Financial Times que aponta que a Arábia Saudita abandonou sua meta de levar o preço do barril a 100 dólares”, resumiu Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

Segundo esse jornal econômico britânico, a Arábia Saudita estaria se preparando para aumentar sua produção a partir de 1º de dezembro.

A Opep havia definido oficialmente essa data para que os oito membros da aliança Opep+ que reduziram voluntariamente seus volumes desde o início do ano começassem a retomar seus níveis de produção.

Muitos observadores esperavam que o cartel adiaria essa mudança, dada a atual fraqueza dos preços.

De acordo com o Financial Times, a Arábia Saudita está pronta para abrir as comportas, mesmo que tenha que enfrentar um período de preços baixos, como forma de evitar a perda de participação de mercado, principalmente para países que não são membros da Opep+.

Essa informação foi questionada por fontes anônimas da Opep+, citadas pelo site especializado Argus Media.

Em 2014, a Arábia Saudita inundou abruptamente o mercado, sobretudo para contrabalançar a produção de petróleo de xisto dos Estados Unidos.

Naquela época, o preço do WTI caiu para 26 dólares, e a Arábia Saudita recuperou seu lugar como maior produtora mundial.

A produção saudita é de 9 milhões de barris diários, mas sua capacidade é de 12 milhões.

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