Um americano de 72 anos foi apresentado em um tribunal de Moscou nesta sexta-feira, acusado de ser um mercenário a serviço da Ucrânia, informou a agência estatal de notícias Ria Novosti.

O homem foi identificado como Stefan Hubbard, do estado de Michigan.

A agência não informou quando e onde ele foi detido, mas afirmou que Hubbard morava na Ucrânia desde 2014.

Segundo a Ria Novosti, o tribunal determinou a detenção do acusado até 25 de março de 2025. Uma nova audiência está programada para 3 de outubro.

A agência de notícias não divulgou detalhes sobre as circunstâncias de sua prisão ou as acusações apresentadas. 

Se for declarado culpado, o americano pode ser condenado a penas de entre sete e 15 anos de prisão.

A embaixada dos Estados Unidos em Moscou informou que "está a par das informações sobre a detenção de um cidadão americano". 

"Devido às restrições relacionadas com a proteção da vida privada, não podemos fazer mais comentários", afirmou em uma mensagem enviada à AFP.

Segundo a agência estatal russa Tass, o homem morava em Izium, cidade da região ucraniana de Kharkiv, onde as tropas russas lançaram uma ofensiva.

Vários ocidentais, em particular americanos, estão detidos na Rússia. 

Uma delas, Ksenia Karelina, com dupla cidadania russa e americana, foi condenada em agosto a 12 anos de prisão por doar 50 dólares a uma organização ucraniana.

Washington denuncia uma política de tomada de reféns que pretende obter a libertação de agentes russos detidos no exterior. 

No dia 1º de agosto, a Rússia e vários países ocidentais anunciaram a maior troca de prisioneiros desde o fim da Guerra Fria, incluindo o jornalista americano Evan Gershkovich e o ex-fuzileiro naval Paul Whelan, libertados por Moscou em troca de agentes russos.

No fim de 2022, Moscou libertou a jogadora americana de basquete Brittney Griner, que havia sido detida em território russo acusada de posse de uma pequena quantidade de maconha, em troca do traficante de armas russo Viktor Bout, detido nos Estados Unidos. 

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