A coalizão internacional contra o grupo jihadista Estado Islâmico vai encerrar sua missão militar de uma década no Iraque no prazo de um ano, anunciaram nesta sexta-feira (27) Washington e Bagdá, após meses de conversas entre os dois governos.

A coalizão foi criada em 2014, para ajudar as forças locais a retomar faixas do território das quais os jihadistas se apropriaram no Iraque e na Síria.

Segundo um funcionário do governo americano, as partes definiram "um plano de transição de duas fases", com a primeira delas se prolongando até setembro e implicando "o fim da presença das forças da coalizão em determinados pontos do Iraque".

A coalizão continuará sua operação militar na Síria, com tropas internacionais autorizadas a apoiar as operações contra o Estado Islâmico no Iraque na segunda fase do plano, que vai se estender até setembro de 2026, segundo o funcionário.

"Não vamos falar sobre nossos planos relacionados à localização de bases específicas ou ao número de tropas", disse um funcionário do alto escalão do Departamento de Defesa. "Tivemos, e continuamos tendo, um diálogo ativo com o governo do Iraque sobre como nossa relação bilateral vai evoluir."

O ministro iraquiano da Defesa, Thabet al-Abbassi, disse no começo do mês que a coalizão se retiraria das bases de Bagdá e de outras partes do Iraque em setembro de 2025, e da região autônoma do norte do Curdistão um ano depois.

As forças da coalizão foram alvo, em dezenas de ocasiões, de ataques com drones e disparos de foguetes tanto no Iraque quanto na Síria, que foram respondidos pelas tropas americanas.

O grupo Estado Islâmico foi derrotado no Iraque em 2017 e na Síria em 2019, mas seus combatentes seguem atuando em áreas desérticas remotas.

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