O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou o adiantamento do Natal em meio à crise desencadeada após as eleições presidenciais de 28 de julho, das quais foi proclamado vencedor, mas que a oposição denuncia como fraudulentas. 

 

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"Em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para o dia 1º de outubro", disse Maduro na segunda-feira (2) durante seu programa de televisão, no qual também celebrou a "paz" instaurada no país após os "ataques criminosos" contra seu governo.

 



 

"Começa o Natal no dia 1º de outubro para todos e todas. Chegou o Natal com paz, felicidade e segurança", acrescentou.

 

 

Protestos eclodiram na Venezuela contra a reeleição de Maduro, enquanto a oposição liderada por María Corina Machado e seu candidato, Edmundo González Urrutia, denunciam fraude e reivindicam uma vitória com mais de 60% dos votos.

 

Os protestos deixaram 27 mortos, 192 feridos e mais de 2.400 detidos, incluindo mais de 100 menores. Maduro responsabilizou Machado e González Urrutia, de 75 anos, pelos distúrbios e pediu que ambos fossem presos.

 

 

Uma ordem de prisão contra González Urrutia, de fato, foi emitida na segunda-feira. O Ministério Público o acusa por crimes relacionados às eleições, incluindo "desobediência às leis" e "conspiração".

 

A investigação contra González Urrutia também se deve à divulgação de atas eleitorais em um site criado pela oposição, que diz que os documentos comprovam sua vitória no pleito.

 

 

"Ninguém neste país está acima das leis, das instituições, como tem pretendido esse senhor escondido, o covarde Edmundo González Urrutia", disse Maduro em seu programa. "Não puderam, nem poderão!", "Nem hoje, nem nunca, nem jamais!".

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