As primeiras vacinas contra a mpox, doadas pela União Europeia e fabricadas por um laboratório dinamarquês, chegaram nesta quinta-feira (5) à República Democrática do Congo, que receberá um total de 200 mil doses esta semana.

O primeiro lote de 99.100 vacinas chegou por avião à capital congolesa, Kinshasa, constatou um jornalista da AFP no aeroporto. O restante chegará em outro voo no sábado.

"As vacinas chegaram à RDC e estão a caminho dos centros de armazenamento. A campanha de vacinação deve começar no final do mês, segundo o governo congolês", confirmou Laurent Muschel, diretor da Autoridade Europeia de Preparação e Resposta a Emergências de Saúde (HERA), criada durante a pandemia de covid-19.

O ministro da Saúde congolês, Samuel Roger Kamba, esteve presente.

Segundo Muschel, que também estava no aeroporto, mais de 560 mil doses no total serão doadas pela UE e seus Estados membros, no entanto, "esperamos ainda mais", disse ele.

Estas doações serão destinadas à RDC e a outros países do continente afetados pelo vírus.

Todas as doses que chegarão esta semana à RDC provêm do laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, segundo a Africa CDC e a UE.

Esta vacina, a única aprovada até agora na Europa e nos Estados Unidos, está destinada unicamente a adultos. Atualmente, ensaios estão sendo realizados para um possível uso em crianças maiores de 12 anos.

Outra vacina contra a mpox está autorizada no Japão, que também prometeu uma quantidade importante de doses para a RDC.

Um total de 3,6 milhões de vacinas foram asseguradas para os países africanos, segundo a Africa CDC. A RDC é o país mais afetado por esta doença do mundo, sendo assim, uma prioridade para as autoridades sanitárias internacionais.

Aproximadamente 62% dos casos de mpox afetam crianças, de acordo com a Africa CDC. Quatro de cada cinco mortes também são de menores.

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