O fundador e chefe do Telegram, Pavel Durov, prometeu fazer da moderação em sua plataforma de mensagens "uma fonte de orgulho", uma semana após sua acusação na França por publicar conteúdo ilegal em seu aplicativo. 

"Estamos empenhados em fazer da moderação do Telegram, atualmente criticado, uma fonte de orgulho", escreveu ele em mensagem postada na rede X nesta sexta-feira (6). 

Na quinta-feira, o bilionário de 39 anos quebrou o silêncio após a sua detenção em uma longa mensagem no Telegram, na qual afirmou achar "surpreendente" ser responsabilizado por conteúdos publicados por outras pessoas. 

Reconheceu, no entanto, que o aumento do número de usuários do Telegram, que estima hoje em 950 milhões no mundo, criou uma situação que "permitiu que os criminosos abusassem da nossa plataforma com mais facilidade".

"Embora 99,999% dos usuários do Telegram nada tenham a ver com o crime, os 0,001% envolvidos em atividades ilícitas dão uma má imagem" do aplicativo, declarou nesta sexta-feira. 

Entre as novidades destacadas por Durov está a chegada da função de geolocalização "Business Nearby", que apresentará apenas "empresas legítimas e verificadas", em vez de "People Nearby", que facilitava o contato com usuários localizados nas proximidades.

Após quatro dias de prisão provisória na França, Durov, que tem passaportes russo, francês e dos Emirados, está sendo investigado por infrações relacionadas com o aplicativo de mensagens e está proibido de sair do país. 

O seu controle judicial prevê ainda uma fiança de cinco milhões de euros (30,8 milhões de reais) e apresentar-se à delegacia duas vezes por semana.

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