As forças armadas da Letônia afirmaram, nesta segunda-feira (9), que o drone militar russo que caiu no leste do país báltico era um Shahed de fabricação iraniana equipado com explosivos.
A Letônia, que já fez parte da órbita soviética, mas agora é membro da UE e da Otan, teve relações tensas com a Rússia após a sua independência e os laços se deterioraram desde que Moscou invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.
"A ogiva explosiva ficou presa a meio metro de profundidade no solo e foi instantaneamente neutralizada, impedindo a detonação", disse o comandante das Forças Armadas letãs, general Leonids Kalnins, em coletiva de imprensa.
Isso "permitiu que os nossos oficiais de inteligência militar reunissem todos os destroços e restos do dispositivo não tripulado para uma investigação mais aprofundada, cujos detalhes serão compartilhados com todos os nossos parceiros da Otan", disse ele.
Como a investigação está em andamento, o general não especificou como e quando o drone foi desativado.
O comandante da Força Aérea da Letônia, coronel Viesturs Masulis, afirmou que o drone "não tinha como objetivo" um alvo militar na Letônia.
O presidente da Letônia, Edgars Rinkevics, informou no domingo que as violações do espaço aéreo da Otan aumentaram na sua fronteira leste.
A Romênia, outro membro da organização, também declarou no domingo que um drone russo que visava infraestruturas civis na Ucrânia entrou no seu espaço aéreo durante a noite.
A Polônia também registrou pelo menos dois casos de violação do seu espaço aéreo por mísseis russos ou drones que atacaram a Ucrânia, o mais recente em dezembro.
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