Defensores dos direitos humanos pediram nesta segunda-feira (9) às Nações Unidas para renovar o mandato da Missão Internacional Independente de Determinação dos Fatos sobre a Venezuela, após denunciarem que "a repressão" pós-eleitoral deixou 20 mortos.

"A Missão pode ter um papel-chave na prestação de contas e manter o escrutínio internacional, em meio à repressão generalizada após as eleições de 28 de julho", ressalta um comunicado divulgado pela Anistia Internacional (AI) e Human Rights Watch (HRW) e assinado por 30 organizações.

"As forças de segurança venezuelanas, além de grupos armados pró-governo conhecidos como 'coletivos', reprimiram as manifestações contra o resultado eleitoral anunciado, gerando relatos de mais de 20 mortes de manifestantes e transeuntes", diz o texto.

As ONGs ressaltam que "os venezuelanos enfrentam uma repressão brutal" após as eleições presidenciais, em que o presidente Nicolás Maduro foi proclamado vencedor em meio a denúncias de fraude. "A necessidade de renovar o mandato dos especialistas [que vence neste mês] é mais urgente do que nunca."

Desde a sua criação, em setembro de 2019, "para analisar supostas violações dos direitos humanos" ocorridas desde 2014, a missão documentou execuções extrajudiciais, prisões arbitrárias e casos de tortura e violência sexual, além de abusos contra manifestantes.

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