Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira (12), o apoio à criação de dois assentos permanentes para países africanos no Conselho de Segurança, embora sem direito de veto, no âmbito de uma possível reforma neste órgão fundamental das Nações Unidas.
Washington "apoia a criação de dois postos permanentes para a África no Conselho", declarou a embaixadora americana Linda Thomas-Greenfield em uma coletiva de imprensa organizada pelo think thank Council on Foreign Relations.
Em setembro de 2022, o presidente Joe Biden deu um novo impulso às negociações para a reforma do Conselho, endossando na tribuna da Assembleia Geral a reivindicação de que África e América Latina tivessem assentos permanentes.
Washington também apoia a integração de Japão, Alemanha e Índia ao órgão.
Mas para Thomas-Greenfield, "o problema é que estes assentos eleitos não permitem que os países africanos tragam o benefício de seu conhecimento e da sua voz para o trabalho do Conselho", declarou, defendendo ainda um posto não permanente para os pequenos países insulares em desenvolvimento.
O Conselho de Segurança é formado por 15 membros, dos quais cinco são permanentes e com direito de veto: Estados Unidos, Reino Unido, França, China e Rússia. Os 10 restantes são eleitos por dois anos nas diferentes regiões geográficas.
Tal reforma no órgão exigiria o consentimento dos cinco membros permanentes e a ratificação de dois terços dos 193 Estados-membros da ONU. Um de seus pontos mais delicados é o futuro do direito de veto dos membros permanentes.
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