Um proeminente opositor do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, foi libertado nesta sexta-feira (13) sob fiança, depois de meses de prisão sob a acusação de que seu partido aceitou subornos em troca de licenças para vender álcool. 

Arvind Kejriwal, de 56 anos, foi preso em março em meio à campanha para as eleições legislativas, como parte de uma investigação por crime financeiro. 

Seus apoiadores chamaram a prisão de uma "conspiração política" orquestrada pelo partido governante de Modi, Bharatiya Janata (BJP). 

Kejriwal, principal ministro da capital Nova Délhi há dez anos, faz parte dos vários líderes da oposição que estão sob investigação ou enfrentam acusações criminais.

Dois juízes do Supremo Tribunal decidiram que, embora a detenção de Kejriwal fosse legal, a sua duração justificava a libertação. 

"A prisão prolongada equivale a uma privação injusta de liberdade", argumentou o juiz Surya Kant ao proferir a sua decisão. 

A sua libertação foi acompanhada pelo pagamento de uma fiança de um milhão de rúpias (12 mil dólares ou 67,8 mil reais à taxa de câmbio atual) e pela proibição de falar publicamente sobre o seu caso, de ir ao seu escritório e de assinar documentos oficiais. 

Kejriwal é o líder do partido Amam Aadmi e faz parte da aliança que tentou derrotar Modi. Ele sempre negou qualquer ato repreensível e se recusou a renunciar ao cargo após sua prisão.

O opositor já tinha sido libertado sob fiança há algumas semanas por decisão do Supremo Tribunal para poder participar na campanha para as eleições gerais. Mas no dia 1º de junho teve que voltar à prisão, antes do último dia das eleições. 

A sua administração foi acusada de corrupção devido a uma política de liberalização das vendas de álcool em 2021, desafiando o monopólio estatal neste setor. A medida foi posteriormente suspensa.

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