O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, neste domingo (15), que está bem após os tiros disparados próximos a um clube de golfe em que ele estava. Ele não foi ferido.

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia 

 

"Tiros em minha vizinhança, mas antes que os rumores comecem a se espalhar, eu queria que vocês soubessem primeiro: ESTOU SEGURO E BEM!". "Nada vai me atrasar. EU NUNCA VOU ME RENDER!", escreveu Trump, em e-mail enviado para a lista de arrecadação de recursos para a campanha, segundo a imprensa estadunidense.

 



 

Alvo de um atentado em julho, Trump teve de ser retirado às pressas após a troca de tiros neste domingo (15), de acordo com comunicado divulgado pela campanha do Partido Republicano. O FBI, a polícia federal americana, apura nova tentativa de assassinato contra o ex-presidente.

 

 

Um suspeito foi detido. O filho do republicano, Donald Trump Jr., escreveu na rede social X que uma arma automática AK-47 foi encontrada próximo ao local.

 

 

"O FBI respondeu a um incidente em West Palm Beach, na Flórida, e está investigando o que parece ser uma tentativa de assassinato contra o ex-presidente Trump", disse o órgão em comunicado.

 

 

O incidente ocorreu do lado de fora do Trump International Golf Course, em West Palm Beach, onde o republicano estava jogando golfe durante um dia de pausa na campanha presidencial, segundo a imprensa americana. O local fica próximo à sua residência em Mar-a-Lago.

 

 

Autoridades policiais disseram durante uma coletiva de imprensa que o atirador estava em alguns arbustos perto da propriedade do campo de golfe quando agentes do Serviço Secreto visualizaram um cano de um rifle nos arbustos.

 

 

De acordo com o jornal The Washington Post, agentes do Serviço Secreto levaram Trump para uma sala de espera do clube.

 

 

Segundo a Reuters, os agentes confrontaram o atirador e dispararam pelo menos quatro tiros contra ele por volta das 13h30 no horário local. O atirador então largou o rifle, duas mochilas e outros itens e fugiu em um carro. Uma testemunha disse à polícia que viu o atirador e conseguiu tirar fotos do carro e da placa do automóvel.

 

 

O episódio ocorre dois meses após Trump ser ferido numa tentativa de assassinato na Pensilvânia, em 13 de julho.

 

 

Em nota, a Casa Branca disse que o presidente Joe Biden e a vice Kamala Harris foram informados sobre a ocorrência e que ficaram "aliviados em saber que Trump está seguro". "A violência não tem lugar na América", escreveu a candidata democrata à Casa Branca em uma postagem no X.

 

 

William D. Snyder, o xerife do condado de Martin, na Flórida, disse que agentes detiveram o suspeito enquanto ele dirigia para o norte em uma das principais rodovias interestaduais da Costa Leste dos EUA.

 

 

A área em que ocorreu a detenção estava fechada, e investigadores federais trabalhavam no local, de acordo com Snyder.

 

 

Em julho, Trump foi atingido de raspão na orelha direita e um apoiador do republicano foi assassinado em um atentado durante um comício. O atirador, identificado como Thomas Crooks, 20, foi baleado e morto por um agente do Serviço Secreto.

 

 

Na ocasião, o adversário de Trump na corrida eleitoral ainda era Joe Biden. Uma semana depois, o atual presidente desistiu de tentar a reeleição, abrindo caminho para que a vice-presidente Kamala Harris fosse alçada ao posto de candidata pelo Partido Democrata.

 

 

Após críticas por possíveis falhas de segurança, a então diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, entregou o cargo.

 

 

O atentado de julho teve implicações na corrida eleitoral. Desde então, Trump citou a ocorrência em diversos discursos de campanha. "Havia muito sangue e, de certa forma, eu me senti muito seguro, porque soube que Deus estava do meu lado", disse o ex-presidente durante a convenção republicana que oficializou sua candidatura.

 

 

Após o atentado, a segurança de Trump foi reforçada, e o candidato chegou a fazer discurso atrás de um vidro à prova de bala, como em 21 de agosto na Carolina do Norte, um dos estados tidos como decisivos na corrida eleitoral pela sucessão de Joe Biden.

compartilhe