Xangai, a capital econômica da China, recebeu nesta segunda-feira (16) o impacto do tufão Bebinca, o mais potente a atingir a cidade em 75 anos, que provocou o fechamento de rodovias e a fuga de moradores das zonas costeiras.
A tempestade passou primeiro pelo sul do Japão e tocou o solo às 7H30 (20H30 de Brasília, domingo) em Lingang New City, no distrito de Pudong.
"A velocidade máxima do vento perto do centro era de 42 metros por segundo (151 km/h) ao tocar o solo, o que faz deste o tufão mais potente a atingir Xangai desde 1949", informou o canal estatal CCTV.
Os dois principais aeroportos de Xangai cancelaram todos os voos antes da passagem do tufão pela costa leste da China, uma das zonas mais populosas do país.
A autoridade municipal de Xangai recomendou aos 25 milhões de habitantes que não saiam de suas casa. Além disso, nove mil pessoas seguiram para abrigos no distrito de Chongming, uma ilha localizada na foz do rio Yangtze.
O governo também fechou as rodovias a partir da uma da manhã e estabeleceu o limite de velocidade de 40 km/h dentro da cidade.
A chegada do tufão coincide com o tradicional Festival da Lua, durante o qual a operadora ferroviária do país esperava 74 milhões de passageiros, informou no sábado a agência estatal de notícias Xinhua.
Segundo a CCTV, o Bebinca deve provocar fortes chuvas e ventos violentos nas províncias de Jignsu, Zhejiang e Anhui.
Durante a manhã de segunda-feira, o escritório central de inundações de Xangai recebeu dezenas de alertas relacionados com o tufão, principalmente vinculados às quedas de árvores e cortes de energia elétrica.
O serviço meteorológico emitiu no domingo o segundo maior nível de alerta para tufão em vários distritos de Xangai e algumas áreas vizinhas.
Também recomendou que a população evite viagens de barco e reforce as estruturas dos edifícios contra os ventos violentos.
As viagens marítimas de passageiros estão suspensas desde domingo, segundo um comunicado do porto de Xangai publicado nas redes sociais.
Antes de atingir a China, o tufão Bebinca passou pela ilha japonesa de Amami, no sul do arquipélago, na madrugada de sábado para domingo, com ventos até 198 km/h, informou a agência meteorológica nipônica, que alertou para o "risco de deslizamentos de terra".
Na sexta-feira, ainda classificado como tempestade tropical, o Bebinca atingiu as Filipinas e provocou seis mortes.
Outro tufão causou destruição nos últimos dias no sudeste asiático. Das Filipinas até Mianmar, passando pelo Vietnã, o Yagi deixou mais de 400 mortos na região, segundo dados oficiais.
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